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quarta-feira, 11 de maio de 2011

O que somos!

Isto vem a propósito do que somos.
Tenho seguido até agora todos os debates entre os líderes dos partidos políticos (e vão 3)
Hoje calhou entre o Passos Coelho e o Gerónimo de Sousa.
Ontem foi entre o "candidato José Sócrates" (o homem até fritava em seco quando o PP o tratava assim) e o "Dr. Paulo Portas" (o tal que ainda não tem programa. também para quê? o da troika, perdão, do triunvirato não chega?!)
Aparte esta introdução desnecessária, o que interessa é que durante o debate de hoje dei comigo a pensar que há 10 anos atrás eu teria "compreendido" (quer dizer, entendido o verdadeiro significado) pouco mais de metade da conversa (quero dizer, discussão).
A razão principal teria sido que para se entender estas coisas da economia (essa maldita ciência - que tem mais de falível do que de "certo") tem de se aprender (nem que seja à custa dos erros e de auto-estudo).
Ora, (desculpem-me todos esta minha próxima afirmação) a esmagadora maioria da população portuguesa ( e até mundial) não percebe nada de economia (até muitos dos próprios ditos economistas).
Assim, quando os políticos falam de economia, mesmo que sejam sérios e honestos nas suas afirmações (medo, medo...) a maioria da população "votante" não percebe patavina! isso, patavina, nada, mesmo nada!
Na verdade, ainda hoje nem sempre percebo certas teorias económicas, pelo menos a de certos políticos.
Mas estava eu a dizer, que hoje penso ter finalmente percebido porque o "povo" vota sempre contra os seus próprios interesses. A razão é "ignorância"!
Isso, ignorância! somos todos ignorantes em muitas coisas (o que faltava era sabermos tudo! nem 1% do conhecimento geral nós temos. Até parece que somos é "burros" e não ignorantes), mas em economia (a tal ciência estranha que ninguém entende mesmo) é por demais!
Assim, compreende-se que quando votamos pensamos em tudo menos no bem (económico) comum.
Para quê? desde que os outros paguem, queremos lá saber!
Isto vem mesmo a propósito de alguns dos comentários ao filme da Câmara Municipal de Cascais sobre Portugal para Finlandês ver e que tem sido criticado em vários blogs na internet.
Primeiro porque o que não está em causa não são as "inverdades" históricas (como pretendeu valorizar uma certa blogista autora). Porque o que não está em causa não é a história, os sucessos ou insucessos dos Portugueses (esse povo insignificante que até admira como ainda sobrevive há mais de oito séculos e meio e que já os seus antepassados nos tempos dos romanos "não se governava nem deixava governar"), mas sim o seu futuro.
Esse maldito futuro (sempre incerto, incógnito e imprevisível) que temos em discussão, que agora depende de um "insignificante" país chamado Finlândia, cujo passado em nada se aproxima das gloriosas descobertas marítimas que por nós foram conseguidas, poderá parecer pouco honroso para tão nobre povo.
Na verdade, este povo tem (e terá) sempre o futuro ( e governo) que merece.
Mas essa verdade não pode ser negada ao povo.
Essa verdade não pode ser escondida.
Essa verdade não pode ser manipulada.
Mais, essa verdade não pode ser "inverdade" porque se criou um "povo" que não compreende a mesma verdade.
Com tudo o que acabo de escrever, por mais paradoxal que possa parecer, quer dizer que o futuro é algo que cada um por si e o "povo" no seu todo escreve pelas suas próprias mãos.
Se no dia 5 de Junho, este povo a que pertenço acabar por escrever o que eu não quero para mim, resta-me afastar do mesmo.
Se o mesmo povo escrever o que eu quero para mim, então não tenho outra opção senão participar com tudo o que possa.
Ou se é, ou não se é! a opção (felizmente, somos livres para escolher) é nossa.
Aqui não há cobardias ou desistências. Temos de ser pragmáticos e objectivos. Temos de saber entender o nosso futuro, pessoal e colectivo.
Com tudo isto, quero dizer se este país ficar entregue, por vontade do povo, aos mesmos incompetentes (este é o termo técnico certo para quem não tem competência para fazer algo) a quem tem estado entregue nos últimos 6 anos, é porque este (futuro) é mesmo o governo que o povo merece, e a mim resta-me escolher o meu próprio futuro, por mais "cota" e "bota de elástico" que eu possa já ser.
Nota final: 20 séculos depois do "circo e pão para o povo" que os Romanos utilizavam para enganar o povo, hoje temos outras formas, por ventura mais sofisticadas, mas com o mesmo fim. Mas um dia, os "escravos" irão revoltar-se e quem saberá o que o futuro nos reserva.