Etiquetas

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A ELECTRICIDADE NA ECONOMIA

Não foi a máquina a vapor, causa próxima da revolução industrial, que trouxe prosperidade ao mundo, mas sim a electricidade.

Benjamin Franklin pode um dia ser considerado o maior inovador (revolucionário) do mundo, porque para todos os efeitos do seu trabalho na área das descobertas no campo da electricidade é simplesmente inultrapassável no que concerne ao desenvolvimento da sociedade e da economia. Podemos dizer com propriedade que existem duas eras na civilização e na economia: ante e depois da electricidade.

A história ainda não fez justiça a esta verdade. Aponta-se sempre a máquina a vapor como o grande salto no desenvolvimento da economia e da sociedade.

Contudo, numa análise aos impactes imediatos e directos na sociedade e na economia, poderemos dizer que se ainda hoje apenas vivêssemos com máquinas a vapor e sem electricidade, estaríamos por certo no tempo das trevas.

O mundo gira com base na electricidade. Mesmo os meios de locomoção movidos a combustíveis fósseis estão a fazer uma derradeira transição para o consumo eléctrico.

Se imaginarmos por alguns momentos que por uma qualquer razão a produção ou a distribuição de electricidade fosse interrompida em todo o mundo num dado momento, chegaremos imediatamente à conclusão que a nossa sociedade entrará em pânico poucas horas depois. Os hospitais deixarão de funcionar com consequentes perdas de vidas, a distribuição de água ficará interrompida privando a esmagadora maioria da população dessa fonte indispensável de vida, o saneamento deixará de funcionar provocando a contaminação por doenças de muita gente, a sinalização luminosa de trânsito desaparecerá provocando enormes engarrafamentos, as fábricas deixarão de funcionar com perda de postos de trabalho, a produção de alimentos será interrompida, bem como a sua distribuição por impossibilidade de abastecer os veículos com combustíveis, os sistemas informáticos deixarão de funcionar, as telecomunicações ficarão inoperantes e a comunicação ficará reduzida a zero, tudo isto no mundo cada vez mais global e uniforme nos desejos, anseios e padrões de vida.

A sociedade não está preparada para sobreviver sem electricidade.

Quanto tempo conseguirá cada um de nós sobreviver sem electricidade?

As populações dos grandes centros urbanos são as mais fragilizadas. As populações rurais poderão resistir mais algum tempo. Mas a questão é quanto tempo leva a que o campo não seja invadido e saqueado pela população urbana, desesperada e tentando sobreviver a todo o custo?

A produção de electricidade em pequenos núcleos locais, independentes de grandes redes de distribuição, nunca foi pensada devido aos custos que pequenas produções acarretam. Mas, e se ficarmos sem as grandes redes de distribuição, devido a uma qualquer causa natural?

É impressionante, quando visto nesta perspectiva, como este problema tem sido descorado por governantes de todo o mundo.

Sem electricidade mais de três quartos da população mundial arrisca-se a perecer a curto/médio prazo. Contudo, parece que, estupidamente, esse problema ainda não foi devidamente avaliado nem reconhecido.

Sem comentários:

Enviar um comentário