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terça-feira, 5 de abril de 2011

OS DIREITOS GLOBAIS

O actual contexto global em que nos encontramos, que inclui esta longa crise económica que se arrasta desde a outra tal crise do sub-prime em 2007, as revoluções nem alguns países do Magrebe e outros do médio oriente na busca de mais democracia, o terramoto, tsunami e crise nuclear do Japão, em sobreposição a muitos outros problemas acumulados a nível económico e social deste mundo cada vez mais global, está a expor novas situações reivindicativas a vários níveis.
Enquanto por cá queremos empregos e bons ordenados, até porque a constituição da nação é justa e prevê que todos tenhamos essas oportunidades de forma efectiva, lá por fora os refugiados de muitas guerras e revoluções, sendo ou não nacionais dos países que estão envolvidos nessas mesmas guerras e revoluções reivindicam asilo noutros países mas com casa e trabalho.
Como é que tal é possível?
Facil! Nas últimas décadas temos tido políticos em todo o mundo que passaram esta mensagem global e que nos têm prometido aquilo que eles mais do que ninguém sabiam (senão foi assim, então eram mesmos burros) que era insustentável a longo prazo e impossível de durar suficiente para que nos esquecêssemos das suas promessas. Com isto, criaram também na mente de outros que tais benesses são ou poderão ser abrangentes a qualquer cidadão do mundo.
O sentimento global, de qualquer habitante em qualquer parte do mundo (haverá excepções que apenas servem para confirmar a regra), é que todos nós, indivíduos, temos direitos que devem ser satisfeitos (pelos outros), mas esquecemo-nos dos deveres porque ninguém soube explicar que direitos implicam deveres (um pequeno pormenor que serviu os propósitos políticos de muito boa gente).
Veja-se as notícias na televisão. Em todo o mundo as reivindicações são em barda, expressas por todos a quem é dada a oportunidade de as explanar e reclamar. Mas, já ouvimos os mesmos falar dos seus deveres pessoais? Claro que não.
Parece-me que o único dever que nos vão lembrando de vez em quando é que devemos "votar", pois esse é um dever cívico.
Esquecem-se, porém, esses mensageiros de nos dizer que cada voto "votado" é pago!
Sim, por cada voto que os partidos obtenham serão mais uns euros (ou outra qualquer moeda) que vão para os cofres desses partidos ou candidatos (pelo menos é assim por cá e outros países com sistemas eleitorais semelhantes ao nosso). Assim, até é de admirar que votar não seja obrigatório.
Pelo menos, esse seria mais um direito "estúpido" a satisfazer!

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