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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

RATINGS DOS PAÍSES

Como o endividamento público nos afecta .

Sabemos que o Estado não produz valor, pelo que tudo o que faz, fá-lo com recursos que têm a sua origem na valor que a população cria e que lhe é retirado na forma de impostos.

Infelizmente as despesas públicas, completamente suportadas pelos impostos que pagamos, ainda nos afectam de outras formas que não essa. Uma das formas em que nos afecta é através dos ratings do país para efeitos de financiamento externo.

Existem várias agências, supostamente independentes, que classificam os países de acordo com uma tabela. É frequente ouvirmos que um pais tem o rating de “triplo A” (AAA) ou de apenas B ou outro qualquer, não sendo a escala importante para o raciocínio que aqui pretendo deixar. Essa classificação é determinada em função de vários factores económicos e financeiros. As finanças do Estado, mais ou menos deficitárias, têm influência para o nível de classificação que se possa obter. Assim, Estados com economias fracas e com graves problemas de endividamento público não passam de ratings de baixo nível.

E como é que isso nos afecta? Nos juros do dinheiro que os bancos nacionais têm de pagar quando se financiam externamente. Quanto mais baixo o rating mais elevado o juro. Desta forma, quando as empresas ou os cidadãos se financiam juntos dos bancos, porque o dinheiro já vem com custos acrescidos para estes, acabam por ter de pagar mais pelos empréstimos que contraem. Assim, os custos, com a habitação e com o consumo que é financiado para a população em geral e com o investimento para as empresas, ficam mais elevados, retirando capacidade de compra e de investimento aos interessados.

A má governação pode-nos afectar economicamente de muitas formas, sendo que esta aqui analisada é das pouco mencionada por ser uma das menos sentidas de forma directa, como consequência da ineficácia dos governos e da própria incapacidade produtiva do país.

Os bancos também não se preocupam em esclarecer os seus clientes, por várias razões, sendo uma delas que quando os ratings do país melhoram e baixam os juros, deixando mais margem entre o preço de compra e de venda do dinheiro, os mesmos aproveitam para reter esse lucro para si  próprios. O inverso já não acontece, como naturalmente se compreenderá.

Estupidamente, esta como outras verdades, passam-nos ao lado.

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